ARGANIL: Rui Silva anuncia disponibilidade para liderar candidatura à Câmara Municipal de Arganil

Rui Silva, através do envio de um artigo à redação deste jornal intitulado “SIM OU NÃO…PRISÃO SEM GRADES”, anuncia em primeira mão a sua disponibilidade para avançar com uma candidatura às eleições autárquicas, a ter lugar no último trimestre de 2025, antecipando assim os cenários políticos em Arganil, o que irá suscitar, para já, a abertura de uma discussão no interior da concelhia socialista local, em face do passado do agora pré-candidato e da sua relação com o PS, pelo qual foi já vereador, candidato e Presidente de Câmara.

Por outro lado, o presente anúncio dessa disponibilidade, com o “piscar de olhos ao apoio do PS”, parece ser o materializar de alguns rumores que, há já algumas semanas, circulavam com alguma insistência entre simpatizantes e militantes socialistas desagradados com algumas posições tomadas por representantes da concelhia, cuja gota de água terá sido a ausência do Presidente da mesma na recente homenagem ao seu antecessor Fernando Vale.

SIM ou NÃO… / PRISÃO SEM GRADES…

Uma das portas que o 25 de abril abriu foi a da democracia e com esta a participação dos cidadãos, poderem decidir e escolher os seus representantes e dessa forma confiar-lhes o seu destino.

Cabe aos eleitos, gerir os fundos que são devidos aos cidadãos, restituindo-lhes em obra, com a concretização dos seus anseios e necessidades.

É por esta razão que os titulares dos cargos públicos, detentores do poder de decisão, devem ser suficientemente honestos para reconhecerem os méritos e os deméritos das suas opções evitando que os Munícipes fiquem reféns das suas más opções.

Tempos houve em que Arganil foi o Concelho dominante na Beira Serra, hoje sentimo-lo a definhar, a perder notoriedade, cada vez mais atrás de concelhos vizinhos como os de Tábua e Oliveira do Hospital.

Há quem justifique este fenómeno com a crise que o País atravessa, é certo que sim, mas tal não justifica tudo.

Retomo o exemplo comparativo com o Concelho vizinho de Tábua igualmente atingido pela mesma crise, mantém todavia os 7 vereadores enquanto que Arganil, atualmente com igual número, vê-se na contingência de passar para 5 vereadores no próximo ato eleitoral, porque passou a ter um número inferior a 10000 eleitores, o que representará, também, a diminuição de recursos financeiros.

Quererá isto dizer, no que se refere aos órgãos Autárquicos que baixaremos na escala da representatividade popular, ficando equiparados, sem desprimor, aos Concelhos de Gois e de Pampilhosa da Serra.

Pode parecer pouco relevante mas é de todo conveniente pensarmos nisto, porque esta diferença é significativa.

Por outro lado, não é correto desligar esta hipotética redução do que tem acontecido ao Concelho nos últimos tempos e de quem o lidera, direta ou indiretamente, nos últimos 18 anos.

Sendo disso exemplo a displicência dada ao tratamento da vinda de novas empresas, da derrapagem na atividade comercial, do (pouco) acesso à cultura, do justo apoio às atividades associativas e sociais, da descaracterização do que é tradição, já para não falar das incertezas ditadas pelas hipotéticas condições de acesso à saúde.

Mas também é justo afirmar que nem tudo terá sido mau, no entanto o balanço é muito negativo e a população está a sentir esse efeito .

É imperioso, porque vai sendo tarde, encontrar um novo rumo de gestão dos recursos e uma nova forma de conviver com os munícipes, nomeadamente voltar a estar próximo destes.

Vivo em Arganil e sinto Arganil há mais de 47 anos.

O incómodo e o inconformismo sobre o que o Concelho de Arganil já foi e o que é hoje, não é um sentimento exclusivamente meu. É igualmente sentido por muitas pessoas que aqui nasceram, vivem e adotaram Arganil como o seu Concelho!

O tempo de AGIR exige de todos os Arganilenses a coragem e a força para resgatar Arganil desta “prisão sem grades” e a capacidade de escolher entre o “sim” e “não” à continuidade dos tempos que assim se têm mantido há quase duas décadas.

É com este espírito que reconheço ser ainda capaz de dar o meu contributo para enfrentar um novo desafio com o propósito de restituir o prestígio que Arganil alcançou no passado recente e que merece ser reavido e (re)construído.

Já exerci o cargo de Presidente de Câmara, fi-lo com transparência e bem à vista das pessoas, possuo, por isso, sensibilidade e experiência, sou suficientemente conhecido pela maioria dos Arganilenses que labutam por todo o Concelho e consigo avaliar as necessidades urgentes refletindo as vontades e ambições dos cidadãos, de todos os cidadãos.

Disponho-me a liderar uma candidatura á presidência da Câmara nas próximas eleições e que terão lugar no final de 2025, acompanhado por um grupo de candidatos de reconhecido valor, aptos para servir o Concelho de Arganil, com um projeto alternativo, capaz de projetar este Concelho a um futuro próspero.

Esta é uma decisão que resulta da opinião e insistência dum número considerável de cidadãos eleitores, igualmente preocupados com o que está a acontecer no Concelho.

Deixo este testemunho com o propósito de mostrar a minha disponibilidade desejando apenas o melhor possível para o Concelho de Arganil.

Rui Silva