A A COMARCA foi alertada para o facto de a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Coja estar a efectuar descargas directas para o leito do rio Alva.
Confrontado com fotografias, o presidente da União de Freguesias de Coja e Barril do Alva afirmou ter conhecimento da situação. «É uma descarga natural, e convém esclarecer que a recolha de análises é feita a montante da ETAR (cuja monitorização é da responsabilidade da Águas do Mondego), pelo que a existir qualquer “contaminação” seria sempre a jusante da Praia Fluvial de Coja. Ou seja, a descarga não influi em nada na qualidade da água da Praia Fluvial».
Luís Moura ressalva contudo que a descarga, apesar de ser natural (…) «está a ser feita de forma incorrecta», esclarecendo que embora a União de Freguesias nada tenha a ver com o assunto (…) «nós já alertámos, pelo que a empresa Águas do Mondego é conhecedora da situação». «A ETAR é uma infra-estrutura da responsabilidade exclusiva de uma empresa privada. Foi feita uma concessão – os esgotos estão por isso concessionados – pelo que todo o tratamento das águas residuais é da responsabilidade e da competência da Águas do Mondego», esclarece ainda.
Entretanto a A COMARCA sabe que a ETAR de Coja está apenas com 1/3 da sua capacidade, e que em breve irá passar a receber os esgotos da freguesia de Vila Cova (nomeadamente do Casal de S. João e Vinhó) e parte dos esgotos da Cerdeira.
«É bom que se refira também que as ETAR’s não “bebem água”. Tratam água, que depois é lançada nos cursos de água. É isso que as fotografias mostram: água». «Os veraneantes e banhistas que estão em Coja podem estar descansados», assegura.
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