GÓIS: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE GÓIS – Elevação de Alvares à categoria de vila

Um aspecto da vila de Alvares

No passado dia 13, na Casa de Convívio de Santa Bárbara, no Barreiro, freguesia de Vila Nova do Ceira, realizou-se a sessão ordinária (descentralizada) da Assembleia Municipal de Góis, na qual e de entre outros assuntos, mereceu especial destaque o ponto 2 da ordem do dia, “discussão e votação do projecto de lei n.º 442/XVI/1.ª – elevação de Alvares à categoria de vila”.

E os deputados das bancadas representadas na Assembleia Municipal foram unânimes em reconhecer a recuperação do estatuto de vila a Alvares, bem como “congratular todos os intervenientes neste processo”, despoletado pela Junta de Freguesia e no qual “todos se empenharam para que fosse uma realidade, (…) repor a justiça histórica do território”.

“É importante para a valorização da auto-estima do nosso território, é prestigiante para o nosso concelho. É uma boa notícia para todos nós”, para a qual e como foi reconhecido, não deixou de ser importante o papel do deputado à Assembleia da República, ligado a Alvares, sendo também destacado, “é com satisfação que vejo recuperar o estatuto de vila. Estão de parabéns”.

Não se sabendo exactamente quando nem por quem foi fundada, perde-se nos tempos a origem de Alvares. Teve Foral Manuelino datado de 4 de Maio de 1514, a antiga vila entre montes e pinhais já foi sede de concelho até 24 de Outubro de 1855 (extinto por decreto-lei), passando então a freguesia de Alvares a integrar o concelho de Góis.

No início dos trabalhos e antes da ordem do dia, por proposta da sua presidente, Helena Moniz, a Assembleia Municipal manifestou o mais profundo pesar e aprovou, por unanimidade, “um voto de pesar pela morte de José Alvoeiro, director do Góis Moto Clube” e de “reconhecimento por todo o trabalho que desenvolveu em prol do desporto motorizado em Góis. (…) Espírito empreendedor, deu sempre mais do que recebeu”.

Ainda e antes da ordem do dia (a ocupar uma grande parte dos trabalhos), foram mais do que muitos os assuntos trazidos pelos deputados municipais, desde estradas em mau estado, sinalizações, buracos e ruas, entulhos, obras por fazer, muitos problemas e questões, até ironias como, e como foi considerado pela bancada do PS, “são quatro anos de estagnação”, enquanto “o legado deixado pelo PS em muito nos orgulha”, como não deixou de ser também enaltecido o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Câmara Municipal, particularmente pela bancada do PSD, as muitas iniciativas, com destaque para as de Natal, a participação na FITUR, em Espanha, em Março na BTL (ficando o convite para uma visita) e, em resposta a todas as questões levantadas, o presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, não deixou de recordar “o conjunto de obras que já fizemos até esta data” e que, “apesar do esforço dos nossos funcionários, não temos capacidade para estar em todo o lado ao mesmo tempo”.

Já no período da ordem do dia, o primeiro ponto “conhecimento do relatório anual da CPCJ de Góis”, foi dado a conhecer (e reconhecido) “o importante trabalho” desta Comissão, para depois e por unanimidade, serem aprovados os pontos 3, discussões e votações do regulamento de atribuição e de gestão de habitações sociais em regime de arrendamento apoiado do Município de Góis, o ponto 5, da tarifa social aplicável aos utilizadores domésticos dos serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos – ano 2025, e ponto 6, do fornecimento, gestão e manutenção em regime de outsourcing dos serviços de impressão, cópia, digitalização incluindo os softwares, enquanto o ponto 4, discussão e votação do regulamento do Conselho Municipal de Turismo e Desenvolvimento Económico de Góis foi aprovado por maioria e depois da parte reservada ao público, os trabalhos terminaram com os agradecimentos pela cedência da sala à Associação de Amigos
de Santa Bárbara.