GÓIS: DE 1 A 28 DE MARÇO Comemorações do Dia da Protecção Civil da Região de Coimbra em Góis

Na passada segunda-feira, 4 de Março, na sede da Associação Desportiva e Cultural de Cortecega (Góis), realizou-se a sessão de abertura das comemorações do Dia da Protecção Civil da Região de Coimbra, que decorrem em Góis entre o dia 1 e 28 de Março, com a dinamização de cinco acções que, segundo o presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, “visam enaltecer a relevância do trabalho dos diversos agentes de Protecção Civil na Região de Coimbra”.

Numa parceria com o Comando Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil de Coimbra e com a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, o Município de Góis foi o anfitrião das comemorações na Sub-Região de Coimbra do Dia Internacional da Protecção Civil, sendo de destacar ainda, no dia 1 de Março, “a realização de um conjunto de dinâmicas dirigidas à comunidade escolar do Agrupamento de Escolas de Góis, onde estiveram representadas várias valências dos diversos agentes de Protecção Civil, presentes na Região de Coimbra, permitindo um contacto de proximidade com este público”, salientando ainda o presidente da Câmara que, “nesta matéria, o Município está comprometido em garantir a segurança de todos os seus munícipes e, por isso, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, trabalhando diariamente para prevenir riscos, planear respostas e socorrer aqueles que se encontram em perigo”.

Rui Sampaio deu também a conhecer que, no âmbito das comemorações, “no próximo dia 13 de Março, na Biblioteca Municipal António Francisco Barata, durante o período da manhã, decorrerá um workshop que permitirá debater a problemática da Vespa Velutina, nas CIM Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões. Ainda no dia 13, na Biblioteca Municipal, mas no período da tarde, iremos proceder à apresentação do ebook ‘A Guerra das Vespas’, da autoria de Daniel Marco Costa e, no dia 28, para encerrar a programação do mês da Protecção Civil na Região de Coimbra, será realizado um fórum de Coordenadores Municipais de Protecção da Região de Coimbra, uma iniciativa que, por certo, permitirá o debate, troca de experiências e boas práticas, no âmbito das actividades de Coordenação Municipal de Protecção Civil”.

Na sessão de abertura das comemorações do Dia da Protecção Civil na Região de Coimbra, João Lucas, do Comando Sub-Regional, fez a apresentação do Programa “Aldeias Seguras Pessoas Seguras”, salientado que “a Protecção Civil é uma tarefa de todos”, enquanto Luís Pita, do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, falou sobre as acções de fogo controlado e, neste âmbito, salientou o “excelente trabalho que esta a ser feito pelo Município de Góis”.

A presidente da Assembleia Municipal, Helena Moniz, depois de saudar todos os presentes e agradecer a sua participação na sessão mesmo apesar das más acessibilidades, aproveitou para dizer que “é necessário um olhar diferenciador para o nosso concelho”, reconheceu a importância das comemorações e, pelo seu trabalho, deixou “um justo reconhecimento aos mais variados agentes da Protecção Civil, particularmente às forças de segurança e aos Bombeiros”, um trabalho que não deixou de ser reconhecido também pelo vice-presidente da CIM – Região de Coimbra, Luís Paulo Costa, considerando que “o compromisso, a dedicação e o espírito de sacrifício são a base de um território resiliente e mais preparado para enfrentar as adversidades”.

“E são muitos os exemplos de acções bem-sucedidas que demonstram a capacidade de resposta e a eficiência dos nossos agentes da Protecção Civil”, referiu Luís Paulo Costa, para salientar depois que “diariamente, são várias entidades que, a nível local e sub-regional, se articulam e trabalham no sentido de resolver as ocorrências do território”, num “trabalho de cooperação entre os nossos Municípios, a Administração Central, os Corpos de Bombeiros e os demais agentes da Protecção Civil”, sem esquecer as Brigadas de Sapadores Florestais e a “importância que o sistema de videovigilância florestal assume no combate aos incêndios”, bem como o “empenho dos presidentes de Câmara e vereadores com o pelouro da Protecção Civil e coordenadores municipais que são, no patamar local, os actores que garantem a articulação e o funcionamento do sistema de Protecção Civil”.

E depois de recordar que “neste ano de 2024, está prevista a publicação dos primeiros avisos do CENTRO 2030 para a área de Protecção Civil” e que “incluem investimentos municipais, intermunicipais e dos Corpos de Bombeiros”, o vice-presidente da CIM Região de Coimbra disse ser “essencial promover uma boa articulação entre todas as entidades no sentido de garantir que estes investimentos reforçam a capacidade da nossa região para responder a acidentes graves e catastróficos, (…) é importante que continuemos a trabalhar juntos de forma integrada e coesa, (…) para garantir segurança e bem-estar aos nossos cidadãos”.

É esse também o propósito do presidente da Câmara Municipal de Góis, que aproveitando a presença de tantas entidades vindas da Região de Coimbra e pelo facto das grandes distâncias que tiveram de percorrer para chegar a Góis, fazendo também suas as palavras da presidente da Assembleia Municipal, afirmou que “Góis não tem uma via estruturante de acesso e isso marca a diferença no século XXI”, com todos os constrangimentos a que isso obriga, as dificuldades em as pessoas têm em se deslocar, mas mesmo assim e diariamente trabalham para proporcionar as melhores condições à população, para se referir depois e mais concretamente aos programas Aldeia Segura e Pessoas Seguras que “têm por objectivo a protecção de pessoas localizadas na interface urbano-florestal, através da implementação e gestão de zonas de proteção e locais de refúgio nos aglomerados, bem como da sensibilização das populações para a prevenção de comportamentos de risco e para a adoção de medidas de autoproteção e de preparação face a incêndios rurais”.

Neste contexto e ainda segundo Rui Sampaio, “o programa Aldeia Segura é um programa de protecção de aglomerados populacionais e de protecção florestal e estabelece medidas estruturais para protecção de pessoas e bens, e dos edificados na interface urbano-florestal, que desde 2020 tem tido uma interligação com o programa Condomínio da Aldeia que o complementa, permitindo concretizar acções de gestão de combustíveis e reconversão da paisagem em torno dos aglomerados”, dando a conhecer que “no concelho de Góis, o programa está presente em aglomerados de 3 freguesias, 20 localidades” e que “até ao momento foram realizadas 21 acções de sensibilização e 2 simulacros, dispondo de 35 voluntários oficiais de segurança locais”, reconhecendo que “neste processo, importa agradecer, publicamente, todo o apoio prestado pelas Associações e/ou Comissões de Melhoramentos, comissões de festas, bem como das Juntas de Freguesia do concelho”.

E “porque falamos de Protecção Civil, o presidente da Câmara referiu-se “àquela que tem sido a intervenção do Município de Góis nesta matéria, nomeadamente e de entre outros, na aposta na prevenção estrutural/silvicultura preventiva, para além da execução com sucesso” de algumas candidaturas do programa Condomínio da Aldeia, na execução das faixas de gestão adjacentes à rede viária, na realização de acções de fogo controlado no território do concelho, promovidas pelo ICNF, na beneficiação de caminhos florestais e aceiros, no combate à Vespa Velutina, terminando por deixar a certeza que, “com o apoio de todos, o Município de Góis continuará a corresponder às responsabilidades que lhe estão confiadas e a pautar a sua acção pela salvaguarda e garante da prevenção e salvaguarda da vida humana, sejam quais forem as circunstâncias”, por homenagear os Bombeiros de Góis e por considerar que “todos somos agentes de Protecção Civil, pelo que promover uma cultura de segurança junto dos cidadãos e das comunidades é promover uma cidadania activa e consciente, uma tarefa que deve ser partilhada por todos”.

O Comandante Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil de Coimbra, depois de agradecer “o esforço nas diferentes comemorações descentralizadas, mais próximas do cidadão”, prestou também o seu tributo “a todos os agentes da Protecção Civil e promovemos a reflexão e o diálogo em torno dos riscos a que populações e territórios estão sujeitos, e o papel cabe a cada um de nós, cidadãos, no esforço colectivo de criação de comunidades resilientes. É isto que hoje viemos aqui demonstrar nesta bonita aldeia de Cortecega, onde está implementado o Programa Aldeia Segura e Pessoas Seguras, crucial para a protecção das pessoas desta aldeia”.

E depois de se referir também à importância da cooperação “com os diferentes intervenientes da Protecção Civil”, Carlos Tavares deixou agradecimentos à CIM – Região de Coimbra, ao Serviço Municipal e aos Bombeiros de Góis, à GNR, UEPS, Sapadores Florestais, ICNF, “a todos os presentes nesta sala que quiseram demonstrar que na Região de Coimbra juntos somos mesmo mais fortes. Festejar o Dia da Protecção Civil é celebrar um dia que é de todos e para todos”.