GÓIS: TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA MISERICÓRDIA DE GÓIS – “Diversificar um pouco aquilo que são as nossas valências”

Tendo a seu lado o presidente da assembleia geral, Maria de Lurdes Castanheira toma posse como provedora da Misericórdia de Góis

Na passada quinta-feira, no Centro Cultural de Góis, realizou-se a cerimónia da tomada dos novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Góis para o quadriénio 2025/2029 (em caixa) e que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, autarcas do concelho, do presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, do presidente do Secretariado Regional de Coimbra da União das Misericórdias, António Sérgio Martins, provedores, vice-provedores e membros de Misericórdias da região, representantes de instituições do concelho, amigos que, como foi referido, vieram testemunhar o importante “momento de renovação e compromisso, em que aqueles que agora irão assumir funções reafirmarão a sua dedicação à missão desta instituição, honrando os valores da solidariedade e do serviço ao próximo”.

A nova provedora é Maria de Lurdes Castanheira, até agora presidente da assembleia geral da instituição, cargo assumido pelo anterior provedor José Serra, que deixou o seu obrigado a todos os presentes, aos que consigo serviram a Misericórdia, aos colaboradores, a todos que sempre apoiaram a instituição, e dirigindo-se à sua nova provedora, disse que “ao fim destes anos todos vamos trocar, trocamos da assembleia geral para a mesa administrativa”, considerando “que fica reforçada com estes homens e mulheres que hoje tomaram posse” e “penso que o concelho de Góis está de parabéns por ainda ter estas pessoas que fazem da sua vida, a vida da Misericórdia”.

A nova provedora começou por “saudar-vos a todas e a todos, agradecer do coração a presença, é um momento, para mim, alto da minha vida e desta causa que decidimos abraçar”, agradeceu também a José Serra por “todo o trabalho que fez ao longo destas mais de duas décadas e quer queira, quer não, fica na história da Santa Casa da Misericórdia de Góis”, sem esquecer “aqueles que cessaram funções neste mandato ou em anteriores”, para saudar depois “todos aqueles que em mim confiaram, que desafiei para fazerem equipa comigo, (…)  e quando vos fiz o desafio, a todos os homens e mulheres que estão aqui comigo, eu disse que não tinha nada para vos oferecer, nada, a única coisa, que eu de facto vos podia a garantir, é que vos convocava ao trabalho, a roubar um bocadinho do vosso precioso tempo à vossa família. Nós estamos numa atitude de voluntariado, de associativismo (…) por uma nobre causa e seguramente não nos vamos arrepender, vamos ser seguramente e quero que sejamos merecedores do legado que nos deixaram desde a reativação em 1989”.

Maria de Lurdes Castanheira recordou todos aqueles que, desde o ano da reativação, serviram a Misericórdia, nomeadamente os saudosos Vítor Manuel Nogueira Dias, dr. José Cabeças, José Girão Vitorino, até ao provedor que agra cessou funções, José Serra, para referir depois que “nós sabemos qual é o compromisso e a missão das Santas Casas das Misericórdias”, deixando a certeza “queremos continuar a dar o nosso contributo, criar emprego, prestar os melhores serviços que têm sido prestados até hoje, dar continuidade a estes serviços e, portanto, honrar aquele que é o compromisso e os estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Góis”, acrescentando que “para além de honrarmos aquilo que foi o vosso trabalho, quero também dizer-vos que gostávamos muito, muito, de manter o trabalho que temos, as valências, continuarmos a ser um parceiro da Câmara Municipal de Góis, das Juntas”, porque ”a única coisa que nos move, de facto, é prestar também um serviço ao concelho de Góis, numa missão completamente diferente daquela que é a missão da Câmara Municipal, mas todos juntos, em parceria, públicos e privados, seguramente que poderemos trazer uma outra grandeza e um outro desenvolvimento ao concelho”.

“Mas gostávamos de nestes quatro anos, se for possível, diversificar um pouco aquilo que são as nossas valências”, disse ainda a nova provedora, mas também “gostávamos muito de poder aproveitar um dos edifícios que está desativado e a degradar-se, (…) o Hospital Rosa Maria, que já funcionou em tempos com uma solução perfeita (…) e termos aqui em Góis se não for uma resposta ao nível dos Cuidados Continuados (…) uma Unidade de Cuidados Paliativos. (…) Nós pedimos tão pouco, nós até somos pobres a pedir” e depois de outras considerações e realidades da Misericórdia e que afectam o sector social, terminou por salientar, mais uma vez, que nos “revemos na liderança da mesa agora cessante” e citando Rui Nabeiro, disse que “a minha palavra para vós é gratidão” e que “todas as pessoas são alguém. E por isso eu vou contar com todas”.

E depois a intervenção do presidente da União das Misericórdias Portuguesas, que elogiou e agradeceu também a José Serra que “ao longo destes anos transportou o facto da Misericórdia” e de deixar à eleita provedora a certeza que “conte com a minha mesma sincronia, conto com cada um destes provedores, (…) conte connosco, nós contamos muito consigo”, o presidente da Câmara Municipal cumprimentou  também “a provedora eleita, dr.ª  Lurdes Castanheira, e felicitá-la por ter aceito este desafio”, deixou elogios ao anterior provedor José Serra “por todo o trabalho que desenvolveu na Santa Casa da Misericórdia de Góis”, considerando mesmo que “hoje a imagem da Santa Casa da Misericórdia é fruto do seu trabalho, do seu empenho, da sua dedicação, da sua perseverança, da sua capacidade reivindicativa”, para referir depois que “nós temos a felicidade de, em cada uma das freguesias, termos uma IPSS que fazem um trabalho muito importante, (…) quero também enaltecer (e agradecer) o trabalho que desenvolvem que é muito importante porque é um trabalho de proximidade e julgo que é pacífico, e é acolhido por todos que aquilo que mais importante nós temos na nossa vida é ajudar o próximo”, terminando por deixar a certeza que “o Município está aqui, está disponível e estará presente e continuará a colaborar com a Santa Casa da Misericórdia” e, em jeito de mensagem e citando Nelson Mandela, disse que “tudo parece impossível até ser feito”.

Órgãos sociais para o quadriénio 2025/2028
Assembleia geral – José António Vitorino Serra, presidente; Andreia Rafaela Gaspar Vidal, vice-presidente; e Cristina Isabel Garcia Martins, secretária.
Mesa administrativa – Maria de Lurdes de Oliveira Castanheira, provedora; Ana Paula Rodrigues Gonçalves, vice-provedora; Maria de Fátima Carneiro Pimentel, secretária; José Neves Bandeira, tesoureiro; João Carlos Reis Barata, Carla Maria Fernandes Martins Baeta e Bruno Filipe dos Santos Vitorino, vogais; e Helena Maria Duarte Cerdeira Pereira, Maria Cidália Henriques Alves Barata, Felisberto Nunes Ferreira da Costa e Maria Emília Simões Gaspar Vidal, suplentes.
Conselho fiscal – António Dias Santos, presidente; Sara Isabel dos Santos Pinheiro, vice-presidente; António Alberto Ferreira Monteiro, secretário; e Ana Maria Matos Silva Barata Lopes, Maria de Lurdes Sanches Pascoal Nunes e Valentim Antunes Rosa, suplentes.