Como aconteceu na reunião de Câmara de 27 de Outubro passado, na reunião de sexta-feira, 11 de Dezembro as Grandes Opções do Plano e Orçamento do Município para 2016 voltaram a ser reprovados, com os votos contra dos vereadores da oposição do Grupo de Cidadãos Independentes por Góis e do vereador da maioria socialista, José Rodrigues.
Os documentos que agora voltaram à reunião de Câmara “não são os mesmos, há uma nova proposta”, disse a presidente da Câmara Municipal, Maria de Lurdes Castanheira, acrescentando ainda que “este é o Orçamento que é possível, realista, que ultrapassa os 9 milhões de euros, as receitas são verdadeiras e espero que estes documentos se possam traduzir em benefício das populações no ano de 2016”, mas mesmo assim os argumentos utilizados não foram suficientes para mudar o sentido de voto quer dos vereadores da oposição, quer dos vereador da maioria, a justificarem que a sua não aprovação, “que não é um drama”, que “é uma nova proposta mas muito na base da anterior”.
“As divergências não têm a ver com os documentos, mas com a forma como a Câmara está a ser gerida”, justificou o vereador da oposição, Diamantino Garcia, enquanto o vereador da maioria, José Rodrigues, referiu que, apesar de haver algumas alterações, “na sua essência nada de relevante se verifica” e, voltando a lembrar a sua posição na reunião de 27 de Outubro passado, “vejo-me forçado a votar contra estes documentos”, uma situação que, como disse o vice-presidente da Câmara, Mário Garcia, “impede que, quem está a gerir, se veja privado de instrumentos fundamentais para a gestão, (…) há oportunidades que não podemos aproveitar”, considerando mesmo haver “aqui uma fragilidade”, enquanto a presidente considerou “haver uma clara opção entre o ódio a Lurdes Castanheira e amor que dizem ter a Góis e aos interesses do concelho”.
“Foi um ajuste de contas”, disse Maria de Lurdes Castanheira, lamentando mesmo não ter havido nenhuma outra proposta de Orçamento por parte dos vereadores que votaram contra a sua aprovação, sem deixar de reconhecer, contudo, que o facto de ter de governar com o Orçamento de 2015 “até nos anima, é uma gestão diferente, mas temos de dizer aos goienses que não é a mesma coisa, é uma situação precária”, para depois referir que “agora não venham para aqui fazer algumas homilias, quando o discurso não corresponde à prática”, recordando que “sempre fui solidária e leal, mesmo que divergente, e é isso que nos distingue”.