“O senhor Presidente da República dá-nos ânimo, acima de tudo para continuarmos o nosso trabalho”, foram palavras do comandante operacional distrital, Carlos Tavares, depois da visita do mais alto Magistrado da Nação ao posto de comando instalado no Alto do Braçal para se inteirar do ponto da situação do fogo que, na quarta-feira, ainda lavrava com alguma intensidade nos concelhos de Góis e Pampilhosa da Serra e se dirigia para o concelho de Arganil.
Antes de se dirigir para Castanheira de Pera para o funeral do bombeiro vítima do incêndio de Pedrógão Grande, Marcelo Rebelo de Sousa não quis deixar de se inteirar da situação, “inteirámos o senhor Presidente da República do que se está a passar neste teatro de operações”, como referiu Carlos Tavares, porque além do ânimo que veio trazer “está obviamente preocupado com o que se está a passar, como todos nós”.
Embora muito preocupado, nas breves palavras que trocou com os jornalistas o Presidente da República não deixou de manifestar o seu optimismo, dizendo “esperemos com a descida da temperatura e o cair do vento, a situação vá melhorando e consolidando o trabalho” que, heroicamente, desenvolvido por todos aqueles que, com os meios aéreos e terrenos, àquela hora combatiam as chamas, para quem voltou a ter palavras de apreço e de muita gratidão, como o fez também o Bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes, que esteve também no posto de comando, para trazer uma palavra amiga aos bombeiros e a todos os que combatiam o incêndio, para manifestar a sua solidariedade às populações afectadas pela tragédia.
E nesta quarta-feira, 21 de Junho e primeiro dia de Verão, o optimismo do Presidente da República e também do comandante Carlos Tavares foi-se consolidando, ao ser dado como como extinto o incêndio de Pedrógão Grande, ao mesmo tempo que o incêndio de Góis e Pampilhosa da Serra estava a ceder ao combate às chamas feito pelos bombeiros que vieram de todo o país e de Espanha, e também dos meios aéreos nacionais e estrangeiros que vieram para ajudar nesta autêntica guerra, que deixou atrás de si um rasto de destruição e morte, dos mais dramáticas vividos até hoje em Portugal e particularmente na nossa região.