
Foi no dia 19 de janeiro que entrou em vigor o cessar-fogo entre o grupo terrorista HAMAS e o Estado de Israel, composto por três fases, sendo que a primeira começa com a libertação de reféns e de reclusos, de parte a parte.
E logo no domingo passado, 3 mulheres foram entregues às autoridades israelitas e 90 presos foram devolvidos à Palestina, não sem antes assistirmos nos canais noticiosos a várias manifestações agressivas por parte de inúmeros militantes do HAMAS que, mais uma vez, fizeram juras de morte e de vingança aos judeus.
De entre esses reclusos libertados das prisões israelitas, havia terroristas do HAMAS com penas de prisão bem pesadas, muitos deles condenados por crimes de assassinato, ou seja, crimes de sangue.
Tal libertação ditou a demissão de, pelo menos para já, dois ministros da coligação que governa o Estado de Israel.
O acordo celebrado prevê a libertação e entrega de cerca de 90 reféns, isto é se ainda estiverem vivos, em troca de um número não inferior de 1700 palestinianos condenados pelo sistema judicial israelita.
De entre esses reféns existem bebés, crianças, jovens, para além de idosos e adultos. Já do lado palestiniano a sua grande maioria são jovens adultos detidos, invariavelmente, por atos terroristas, ou cumplicidade nestes.
De entre os reféns, muitos deles sofreram agressões, maus tratos e sabe-se lá que outros atos bárbaros, especialmente as mulheres, tudo em nome de “Alá”.
Do lado dos reclusos palestinianos, as vozes das organizações não-governamentais internacionais, assim como o sistema judicial de uma democracia como é a israelita, tratou de lhes assegurar a preservação dos direitos fundamentais, já para não falar de uma certa elite intelectual europeia que sempre esteve preocupada com a bandeira da Palestina que tanto gostam de fazer desfilar nas várias manifestações que promovem, em prol da paz!
Em bom rigor, os reféns, e os mortos, resultantes do massacre de 7 de outubro de 2023, perpetrado por várias células terroristas do HAMAS, que contaram com o patrocínio e o apoio da Republica Islâmica do Irão, nunca tiveram a mesma atenção e preocupação da parte dessa intelectualidade politica que tanto grita pelos direitos humanos e se preocupa com as mulheres e a diversidade das orientações sexuais.
No entanto, essa mesma elite intelectual politica olha para o lado quando as mulheres, os homossexuais e quem pense diferente, são assassinados pelos extremistas islâmicos no médio oriente, em nome de uma guerra santa que classifica como infiéis e ímpios quem não professe a mesma religião.
A cegueira política de alguns na Europa não vê que os reféns que forem libertados vão querer esquecer o sofrimento que terão passado às mãos dos seus captores, enquanto os reclusos condenados e que serão libertados neste acordo de cessar-fogo, apenas terão como primeira e única preocupação o regresso às armas para reconstruirem a organização terrorista que tem como único propósito destruir o Estado de Israel.
Essa será a grande diferença entre os reféns israelitas e os reclusos palestinianos libertados.
Não tenhamos dúvidas que a vida dos reféns, e o sofrimento dos inocentes em Gaza, no Líbano, na Síria, no Irão e no Iraque, especialmente das crianças, merecem e justificam este acordo de cessar-fogo, no entanto não sejamos ingénuos. A Federação Russa e a República Popular da China alinham-se no apoio aos extremismos islâmicos, com o objetivo de desestabilizar a geografia mundial e fazer implodir a Europa.
É por isso que enquanto não entendermos, mais cedo ou mais tarde, que teremos de fazer opções para defender o nosso modo de vida e que este está, cada vez mais, em risco, não teremos nem daremos grande futuro aos nossos filhos e aos nossos netos.
E essa escolha passará pelo reforço da despesa militar, entre outras, dando concretização a uma expressão romana (latim) – “si vis pacem, para bellum” – que em tradução livre – “se quer a paz, prepare-se para a guerra”.
O cessar-fogo foi apenas uma interrupção momentânea…infelizmente, o pior continua para vir!