REGIÃO DE COIMBRA: Conselho Estratégico debateu projetos essenciais para o território

O Conselho Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal (CEDI) da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra reuniu para debater projetos estratégicos para o território. Na ocasião, foi apresentado aos conselheiros o Plano de Ação do Investimento Territorial Integrado da CIM Região de Coimbra como uma grande alteração para 2030, numa realidade completamente distinta do 2020, já que “toda esta agregação de investimento será uma sobrecarga nas equipas da CIM”, afirmou o presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra, Emílio Torrão. 

A concessão da rede de transporte público de passageiros por modo rodoviário na Região de Coimbra foi outro dos pontos debatidos na reunião, onde foi focado o procedimento que está a decorrer numa perspetiva global e intermunicipal, “numa realidade completamente nova”, por se tratar do sistema mais complexo a seguir ao das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.

O aumento dos custos de operação foi também abordado, com Emílio Torrão a enfatizar que “a redução do tarifário não pode confundir-se com os custos de operação, porque esses aumentaram imenso” e que, por isso, “temos que encontrar fontes de financiamento para cobrir os défices, já que não há sistemas autossustentáveis”.

Por sua vez, os conselheiros consideraram que termos uma boa rede de transportes públicos que seja confortável, funcional e um passo gigante para dar resposta aos utentes e para chegarmos aos objetivos e metas de redução das emissões, realçando que é essencial, sobretudo para os turistas.

O último ponto da reunião prendeu-se com a contestação do Município de Soure, já apoiada pelo Conselho Intermunicipal, contra a exploração de depósitos minerais de caulino no concelho.

O presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge, apresentou uma série de prós e contras sobre o caulino e quais as suas utilizações, pedindo uma reflexão aos conselheiros sobre a contestação da exploração de caulinos e solidariedade em situações como a presente que, segundo o edil, tenderão a ser mais.

Os conselheiros destacaram que, dos dados disponíveis, a preocupação com o nível do desenvolvimento do território e da população é algo que parece não estar presente, mostrando desta forma solidariedade com a posição de Soure e lançando o repto de que seja preparada uma recomendação de princípio, onde fique claro que as autarquias devem ser ouvidas e respeitadas as suas posições.

Primeira reunião da Comissão Intermunicipal de Acompanhamento dos Contratos de Distribuição de Eletricidade em Baixa Tensão

No passado dia 3 de Outubro, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, os seus 19 Municípios e a E-REDES realizaram a primeira reunião da Comissão Intermunicipal de Acompanhamento dos Contratos de Distribuição de Eletricidade em Baixa Tensão, criada no âmbito do acordo celebrado entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses a E-REDES.

Ao longo da reunião foi apresentado um ponto de situação dos contratos de distribuição de energia elétrica no âmbito das concessões municipais, bem como dos recentes investimentos promovidos pela E-REDES. Além disso, foram discutidos outros assuntos, nomeadamente o processo de constituição da Comunidade de Energia Renovável da Região de Coimbra com gestão agregada a nível intermunicipal que se encontra a decorrer e a oferta ao nível do ensino profissional no setor da energia na Região de Coimbra.

Foram ainda apresentados dois projetos europeus de assistência técnica que a CIM Região de Coimbra viu recentemente aprovados no âmbito da capacitação no sector energético, nomeadamente no programa europeu “Cohesion for Transitions (C4T)” promovido pela DG Regio e o pelo programa “Energy Communities Repository” promovido também pela Comissão Europeia, que se iniciarão em breve.

“Esta Comissão Intermunicipal de Acompanhamento desempenha um papel crucial na garantia de um fornecimento de energia elétrica eficiente e seguro”, referiu o presidente da CIM Região de Coimbra, Emílio Torrão, destacando que “é essencial para garantir que o serviço de distribuição de energia atenda aos interesses e necessidades dos/as cidadãos/ãs deste território, ao mesmo tempo em que promove a sustentabilidade na prestação desse serviço fundamental e prepara a Região de Coimbra para a transição energética em curso”.