VILA NOVA DE POIARES: Região defende “alternativa sul” ao futuro traçado da auto-estrada Coimbra-Viseu

Em conferência de imprensa realizada nos Paços do Concelho, os presidentes das Câmaras de Vila Nova de Poiares, Arganil, Góis, Oliveira do Hospital, Lousã, Miranda do Corvo e Penela (o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra impossibilitado de estar presente, justificou a ausência) deram e conhecer o documento de defesa da “alternativa sul” ao futuro traçado da auto-estrada Coimbra-Viseu e que surgiu na sequência da auscultação aos Municípios por parte da Infraestruturas de Portugal, face à apresentação do estudo prévio para as alternativas de traçado da designada Via dos Duques, onde os diferentes concelhos são chamados a pronunciar-se sobre as duas alternativas equacionadas uma a norte e outra a sul do Rio Mondego.

Mas mais do que este documento, que depois de assinado pelos presidentes de Câmara vai ser enviado à Infraestruturas de Portugal, os autarcas deixaram a certeza de que não ficarão por aqui as iniciativas e acções a desenvolver para reclamar perante o Governo, mesmo perante o Presidente da República, a justiça para estes territórios que “tem sido negativamente descriminados” pelo Poder Central também no que se refere a acessibilidades, “Góis não tem qualquer ligação a um IP ou a um IC”, como referiu, por exemplo, a presidente da Câmara Municipal de Góis, Maria de Lurdes Castanheira, certos de que esta posição que, directa ou indirectamente, tem sido concertada com os diferentes Municípios envolvidos no processo de decisão do novo traçado é a que melhor serve os seus concelhos e a região.

“A luta não será fácil, mas estamos convictos que vamos vencer”, disse o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, mas como considerou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino Mendes, “nós todos devemos lutar, porque é com pequenas gotas que se enchem os grandes rios de vontades”, enquanto o anfitrião, presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques, referiu que “até este momento não temos acessibilidades dignas”, mas que com a construção de uma nova ligação Coimbra-Viseu, utilizando a ‘alternativa sul’, “está aqui uma possibilidade de ser corrigida” esta situação e que pode contribuir também para corrigir assimetrias que continuam a existir entre o litoral e o interior do país.