
Na segunda-feira, 15 de Dezembro, a igreja matriz de Arganil foi o palco da partilha regional da ‘Luz da Paz de Belém’, uma iniciativa do Escutismo Católico Português que garante a distribuição em Portugal de luz recolhida na Gruta da Natividade, em Belém, na Cisjordânia, e que ininterruptamente chega, assim, à casa de cada família.
A cerimónia regional em Arganil foi presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, e contou com a participação de centenas de escuteiros de toda a Região de Coimbra, do presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, entre muitas pessoas da comunidade.
0A iniciativa da Luz da Paz de Belém nasceu em 1986, na Áustria. Um grupo de pessoas – apoiados por um canal de televisão –, para angariação de fundos destinados ao apoio a crianças carenciadas, recolheu uma luz (uma vela) na Gruta da Natividade em Belém, na Cisjordânia, e partilhou esta Luz que, não se apagava, por todas as pessoas que assim o desejassem. A ideia prosperou e, passado algum tempo, foi abraçada e continuada pelos escuteiros austríacos que a difundiram por grande parte das associações europeias de Escutismo Católico.
Cerimónia organizada pelo Agrupamento n.º 874 de Arganil do Corpo Nacional de Escutas e pela Junta Regional de Coimbra
Neste ano de 2025, os escuteiros da Região de Coimbra foram buscar a Luz da Paz de Belém a Aveiro. Foram aveirenses, algarvios e viseenses os escuteiros que no sábado, 6 de Dezembro, a trouxeram de Viena de Áustria. Na segunda-feira, a Luz da Paz de Belém foi partilhada numa cerimónia organizada pelo Agrupamento n.º 874 de Arganil do Corpo Nacional de Escutas e pela Junta Regional de Coimbra do Corpo Nacional de Escutas (CNE).
A partir desse dia os Agrupamentos de Escuteiros de toda a Diocese de Coimbra replicaram a transmissão por muitas paróquias, e no fim-de-semana seguinte generalizou-se-á à grande maioria das comunidades da Diocese de Coimbra. Esta Luz partilhada poderá ser levada para casa das pessoas – com natural cuidado e precaução – onde será alimentada até ao fim da época natalícia.
“A Junta Regional de Coimbra irá promover, também, a distribuição da Luz da Paz de Belém por instituições hospitalares, de segurança, prisionais e de Bombeiros da região, também como forma de reconhecimento pelos milhares de homens e de mulheres que aceitam ser Luz do Mundo, testemunhos de orientação, de apoio e de Serviço”, como afirmou, durante a cerimónia, o chefe regional de Coimbra do CNE, Nuno Castela Canilho.
O lema da Luz da Paz de Belém de 2025 é “Uma Luz que Orienta” e a esse propósito procurará ser profunda a reflexão que envolverá toda esta dinâmica, como disse uma das dirigentes do Agrupamento de Arganil, Andreia Almeida., é “uma Luz que orienta…
… e quer destacar os que servem e são luz de esperança!”.
O Bispo de Coimbra começou por referir que “temos muito gosto de estar a fazer esta celebração da Eucaristia para a transmissão da Luz da Paz de Belém, (…) a Paz, quando existe, quase não se nota. Quando não existe, é que todos sentimos imensamente a sua falta. E Jesus também se apresentou como o Príncipe da Paz, aquele que constrói a Paz e que nos ajuda a construir a Paz. Bem-aventurados os construtores da Paz”, e “quando levarmos a nossa luz, aqui de Arganil, para distribuir, como foi dito, nas igrejas, nas capelas, nas instituições, nas associações, em tantos lugares onde é possível levar este sinal, nós devemos pensar sempre não vou levar, pura e simplesmente, uma luz, vou levar a Luz da Paz de Belém”.
D. Virgílio Antunes, disse ainda que “uma pessoa que tem fé precisa de ser muito resistente. Sabem porquê? Porque a fé é de facto como a luzinha da nossa vela, que tão facilmente começa a tremer e quem sabe até pode apagar-se, (…) temos de trabalhar arduamente para perseverar na fé, para aguardar, para que ela não se venha a apagar diante de qualquer pequenino sopro de vento ou diante de qualquer ventania que possa ocorrer no mundo ou que possa ocorrer na vida de cada um de nós ou na vida das nossas famílias”.
“Levamos também a missão de guardarmos a nossa fé, mas como pessoas responsáveis, nomeadamente como sacerdotes, como diáconos, como pais, como mães, como professores, como trabalhadores, como dirigentes do CNE, nós levamos daqui a missão não só de distribuir ao mundo esta luz de Cristo como um sinal diferente do Natal, mas de guardar e proteger a luz de Cristo que chega à vida e ao coração de muitas pessoas”, disse ainda o Bispo de Coimbra, acrescentando que “também com a nossa dedicação, também com o nosso trabalho e também com o nosso serviço levamos um hino de gratidão a Deus por tudo aquilo que todos vocês, particularmente como dirigentes do CNE, procuram fazer para levar ao coração das crianças, dos adolescentes e dos jovens, a alegria de acolher a luz de Cristo e de viver nela todos os dias e de a comunicar a este nosso mundo tão carecido da luz, da paz, do bem”.

